A importância do saneamento básico para o desenvolvimento urbano sustentável

Krüger Balm
By Krüger Balm 6 Min Read
Márcio André Savi destaca que investir em saneamento é essencial para garantir saúde, dignidade e crescimento ordenado nas cidades.

A discussão sobre desenvolvimento urbano sustentável exige atenção a um dos pilares fundamentais da infraestrutura: o saneamento básico. Para o profissional da área Marcio Andre Savi, pensar cidades que funcionem bem para as pessoas e para o meio ambiente passa, necessariamente, por sistemas eficientes de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana. Esses elementos, quando integrados de forma inteligente, impactam diretamente a saúde pública, a preservação ambiental e a qualidade de vida nas cidades.

Saneamento básico e saúde pública: uma relação direta

A presença de infraestrutura de saneamento adequada reduz significativamente a incidência de doenças de veiculação hídrica, como diarreia, hepatite A e leptospirose. Conforme explica Marcio Andre Savi, a ausência de coleta e tratamento de esgoto em áreas urbanas não apenas compromete a saúde da população, como também sobrecarrega o sistema de saúde pública, gerando custos elevados e perdas sociais difíceis de mensurar.

Além disso, o acesso regular à água potável é um direito humano essencial, que está diretamente ligado à dignidade e ao bem-estar das comunidades. Em regiões carentes de infraestrutura, a falta desse recurso básico gera desigualdades profundas e limita o desenvolvimento social e econômico.

Sustentabilidade urbana depende de obras de saneamento

Pensar o futuro das cidades significa repensar suas fundações. Nesse sentido, o saneamento básico é muito mais do que uma obra invisível subterrânea: ele é parte da estratégia de sustentabilidade urbana. Segundo Marcio Andre Savi, projetos bem executados de sistemas de esgotamento sanitário e de abastecimento de água promovem o uso racional dos recursos naturais, reduzem a contaminação dos solos e mananciais, e ajudam a preservar ecossistemas urbanos.

Quando aliados a políticas públicas coerentes, esses sistemas permitem a reutilização da água e a adoção de tecnologias limpas, como o tratamento biológico de efluentes e o reaproveitamento de resíduos sólidos. Tais soluções reforçam o compromisso com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente os que tratam de água limpa, saúde, cidades sustentáveis e ação contra a mudança do clima.

Impactos econômicos e sociais do saneamento

Investir em saneamento básico não traz apenas benefícios ambientais e de saúde, mas também movimenta a economia local. Obras de infraestrutura geram empregos diretos e indiretos, fomentam a cadeia produtiva da construção civil e aumentam a valorização imobiliária de regiões urbanizadas. Quando um bairro recebe rede de esgoto, por exemplo, há um impacto positivo imediato em diversos indicadores sociais, como a frequência escolar, a produtividade do trabalho e a segurança habitacional.

Saneamento é base de um futuro urbano sustentável — afirma Márcio André Savi.
Saneamento é base de um futuro urbano sustentável — afirma Márcio André Savi.

Esse tipo de investimento também reduz custos públicos em áreas como saúde, habitação e assistência social. Cidades que priorizam o saneamento têm maior resiliência frente a eventos climáticos extremos, como enchentes e períodos de estiagem, evitando prejuízos financeiros e perdas humanas.

Planejamento urbano e engenharia integrada

A implantação de sistemas de saneamento exige planejamento estratégico e coordenação entre setores da engenharia, arquitetura, urbanismo e meio ambiente. Obras de grande porte, como estações de tratamento de esgoto ou redes de distribuição de água, precisam considerar a topografia, o crescimento demográfico, a ocupação do solo e a viabilidade econômica. Assim como destaca Marcio Andre Savi, a engenharia civil tem papel central nesse processo, oferecendo soluções técnicas adaptadas às realidades locais.

Ao integrar o saneamento ao planejamento urbano, os gestores evitam improvisações e desperdícios. Mais do que uma obra pontual, trata-se de pensar uma cidade em sua totalidade, com foco em acessibilidade, eficiência e longo prazo. O sucesso desse tipo de política está ligado à capacidade de antecipar demandas e investir em tecnologia, monitoramento e manutenção preventiva.

O papel do cidadão e da gestão pública

Embora o saneamento básico envolva complexidade técnica, ele também depende do engajamento da população e da atuação responsável do poder público. Campanhas de educação ambiental, incentivo à separação de resíduos, combate ao descarte irregular e participação em conselhos locais são estratégias importantes para fortalecer a gestão democrática do território.

Assim, é preciso que as administrações públicas priorizem o tema no orçamento e na formulação de políticas urbanas, considerando-o como infraestrutura essencial, e não como um item secundário. A universalização do acesso ao saneamento é uma meta possível, desde que acompanhada de vontade política, investimento contínuo e planejamento técnico.

Cidades resilientes começam pelo básico

A construção de cidades sustentáveis e resilientes não pode ignorar o papel central do saneamento básico. A experiência de profissionais como Marcio Andre Savi reforça a necessidade de articular engenharia, políticas públicas e participação cidadã para garantir infraestrutura adequada e desenvolvimento urbano duradouro. Mais do que uma demanda técnica, trata-se de um compromisso ético com as próximas gerações.

Autor: Krüger Balm

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